Onde os susurros se eternizam... ♪♫♪

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mosaico


É como trocar as cordas do Violão.
É como renovar a alma.
É como escrever na Madrugada.
É como ter liberdade...

E, como se a vida aumentasse,
É como se a dor se extinguisse.
É como se a certeza duvidasse
De tudo aquilo que existe.

É como um marinheiro cego.
É como Martelo e Prego,
Como Vassalo e Suserano,
Como o Senhor do tempo,
Descontrolando os anos.

É como crer na descrença.
É como enganar a si mesmo.
É como tornar-se ermo,
E, fatalmente, cair em doença.
Como pode ser assim?

Neve

Nuvem Branca que cai do Céu,
Torna-se manto ao beijar a terra.
Névoa que apazigua minhas guerras,
Em doce argêntil tom de véu.

Seria uma ternura eterna,
Ou beleza efêmera de uma estação?
Gelo que esquenta o imaginário pueril,
Gentil volta a ser água no Verão.

No Outono vejo em seu prelúdio:
Cai torrencial em dilúvio,
Inundando, causando destruição.

Porém, no Inverno, cai macia,
E, num sopro afetuoso,
Transforma os Pesares em congelação.