Onde os susurros se eternizam... ♪♫♪

terça-feira, 23 de dezembro de 2008


Peguei minha roupa suja e joguei fora.
Incinerei sem ao menos lavar,
Pra esquecer tudo e virar a página em branco!

Nada de pranto, nada de lamentos!
Agora canto pra fora, a canção dos ventos!
Peguei essa vontade de vencer e fui pra frente.
Quem não tem o que temer,
Tem a base que não treme!

Sinto a liberdade ressoando em minha porta.
É hora de ir embora, de deixar essa tristeza.
Pegar essa correnteza de boa sorte
E voar ao encontro da mais pura beleza,
Que é viver!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Porre


Tomei um gole deste Vinho Amargo.
Fiquei de porre no primeiro gole.
Manchei minh'alma com batom cor de vinho.

Agora caminho alheio e tonto,
Por um caminho sem Cama ou Vinho.
No coração a dor de triste Espinho...
Vou andando sozinho... e pronto!
Vi um cego apontando para mim,
E ele sorria...
Ouvi um surdo cantando
As mais belas melodias.
Elas diziam "continue andando que,
No final do dia,
Estarás beijando
A tão sonhada alegria"!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mosaico


É como trocar as cordas do Violão.
É como renovar a alma.
É como escrever na Madrugada.
É como ter liberdade...

E, como se a vida aumentasse,
É como se a dor se extinguisse.
É como se a certeza duvidasse
De tudo aquilo que existe.

É como um marinheiro cego.
É como Martelo e Prego,
Como Vassalo e Suserano,
Como o Senhor do tempo,
Descontrolando os anos.

É como crer na descrença.
É como enganar a si mesmo.
É como tornar-se ermo,
E, fatalmente, cair em doença.
Como pode ser assim?

Neve

Nuvem Branca que cai do Céu,
Torna-se manto ao beijar a terra.
Névoa que apazigua minhas guerras,
Em doce argêntil tom de véu.

Seria uma ternura eterna,
Ou beleza efêmera de uma estação?
Gelo que esquenta o imaginário pueril,
Gentil volta a ser água no Verão.

No Outono vejo em seu prelúdio:
Cai torrencial em dilúvio,
Inundando, causando destruição.

Porém, no Inverno, cai macia,
E, num sopro afetuoso,
Transforma os Pesares em congelação.

sábado, 25 de outubro de 2008


Hoje no ônibus havia uma criança. Ela contemplava a janela como se ganhasse a liberdade. Tudo chamava-lhe a atenção: 'olha mainha, a fonte! O carro vermelho!'
Por quê perdemos essa sensibilidade das coisas?
Por quê as emoçõs se tornam banais?
Por um instante o Racional invejou o Emocional.
Por um instante me senti como o garoto.

domingo, 12 de outubro de 2008

"Quase"

Existe uma palavra
Tão abstrata, coitada,
Que chega a ser surreal.

Paroxítona destrutiva,
Capaz de corroer
Por, simplesmente, nada ser.

É usada com frequência,
Devido à pura inocência
De quem assim age.

Porém, muito cuidado,
Caro amigo, agora lhe digo
Esta palavra é "Quase".

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hieróglifo




Escrevo pelo impulso,
Pelo desejo que assola meu ser.
Por amor, por sofrer... ou por nada mesmo.

Talvez, nesses momentos, me sinto tal qual a esfinge:
Desafiador no ato de ser decifrado.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Águas Turvas e Turbulentas


Nunca mais pesquisei sobre o Velho Jim Warren
Ou vi alguma imagem criada por Andrew York.
Talvez eu esteja esgotado
Por essa cefaléia do dia-a-dia.

Antigamente sonhava com peixes flutuantes,
Cavaleiros andantes,
Borboletas navegantes.
Antes de ser acometido por essa dor.

Já cheguei a ouvir mais jazz...
Hoje só me restam as pausas
Que dilaceram minh'álma.

Contudo vou com calma,
E, entre um contraponto e outro,
Vou redescobrindo a minha paz.

domingo, 14 de setembro de 2008




O que tenho atraído para minha vida?
(H)ora as riquezas de grandes amores,
(H)ora a aflita derrota da solidão.
Porém isso tudo é externo, efêmero.
A certeza da felicidade não está
Na próxima esquina, ou na alegria hipócrita.
Ela está no mais profundo âmago
Daqueles que lutam por objetivos grandiosos
Está na atitude de não se curvar diante dos ventos.
Está em não ceder aos lamentos.
Está em amar a si e respeitar ao próximo.
E o resto?
O resto é consequência...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Mente


Debaixo dos meus Cachos
Moram idéias insanas.
Fantasias da mente humana
Emanam em meu ser

Fico pensando nas flores
Nas florestas da vida
Nas piruetas aflitas
de Seres Voadores.

Tento traduzí-las em palavras,
Decifrá-las em notas musicais,
Aprender com as pinturas.

Mas as figuras do cheiro do gosto do beijo
Tomam-me de assalto,
Aprisionam-me na loucura!

O Dengo



O que propicia o dengo?
O amargo do pranto,
Ou o doce acalento?

Dentro da incógnita
Geradora desse sentimento,
Fica presente a vontade
Que se faz em mim manita.

Sumidade. Afeto à dois.
Venho aqui em tentativa
De traduzir Vosso questionamento.

Alimento servido à dois
Quando descobrir diz-me
O que propicia o dengo.

domingo, 7 de setembro de 2008


Mato minha sede
Com a fruta em seu olhar.

Deixo-me levar
Pela névoa enebriante
Por esquinas
Por caminhos
Pelo desconhecido

Por quê?

Deixo-me levar
Pela fruta em seu olhar
A qual mata minha sede!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Poesia do Ouvinte


Por quê as melhores músicas tocam na madrugada?
Seriam elas realmente melhores?
Ou seria o silêncio mais necessário,
Mais sagrado, mais perceptível?

Os ruídos do dia-a-dia são inevitáveis.
Assim como a paz "madrugalesca" - se é que essa palavra existe!
Assim como a quebra do ruído
Por um minuto de pausa.

Um minuto de silêncio
Em respeito aos que querem ouvir.
Uma madrugada ao meio-dia
Enlouqueceria ou salvaria a todos?

Por enquanto, a Utopia é alimentada
Por mais uma "boa música"...

Desejo

Eu quero tocar.
São 5:00 da manhã e
Eu quero tocar!
E agora? Ouvir só não basta.

Quero fazer algo simples e grandioso!

Dentro das quatro paredes
Enclausuradoras de minha vontade
Vejo um banco, um violão
E acordes decifrados infinitamente...

ACORDE! São 5:00 horas e
Você agora não poderá tocar!

sábado, 30 de agosto de 2008

Noturna


Viver é ir à praia à note
Ver a lua envolvendo o mar.
Contemplar sua névoa dourada
Entre as nuvens da maresia.


Balão Amarelo da noite
Tão cedo foste na escuridão.
Clarão que norteia a vida
Ai de que de ti duvida.


Nessa vida corrida
Sorte tem quem tira
Um momento pra te olhar.


Oh Grande Astro Noturno
Eu lhe garanto e asseguro
De que fui ver o luar!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ausência


Me manda beijos virtuais.
Quero mais!

Elogios de internauta,
Melodia sem Pauta,
Flauta sem carinho
Nesta falta amarga.


Nosso caso ficou Diminuto?
Por um minuto pensei que sim.
Foi o compasso mais trsite do dia...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Saudade


Procurei o significado da palavra "sonho".
Não encontrei o seu rosto.
Desisti...Então dormir, pra ver se encontro em mim;
A imagem perfeita dos sentimentos enfadonhos.

Ausência impertinente, mente que não está aqui.
E se não for mentira?
Se realmente estiver aquiA ausência de ti?

Mente que voa,
mente que pousa nas artes,
Mente que atravessa os mares,
Porém, por fim, não encontra
A borboleta que pousa em seu olhar.

Será minha mente uma mentirosa?

Ou será ardilosa demais?

Procurei o significadoda palavra "sonho".
E encontrei você.
Distante do cais.
Em falésias cor de vinho.
Voando em minha direção,
Como um anjo Dionisiano.

Des-compasso Binário


É preciso estar em silêncio absoluto
Para ouvir o que há por dentro.
Que gritos os sonhos proferem
Em vitórias ou lamentos.

É possível escutar o coração:
"Tum-tum' entre 'sim' ou 'não';
'Tum-tum' entre fora ou dentro".

E, entre viver ou sonhar escolho atento.
Hora um, hora outro,
Hora ambos, hora nenhum.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Amor Pagão


Eu quero a liberdade de um amor pagão;
Solte minha mão;
Deixe-me voar por aí.
E se eu cair, Não me levante,
Siga, adiante seu lado,
Pois o meu, já está avançado demais
Pra suportar esta prisão que Aplelidamos de "Paixão".

Insônia


É no silêncio da noite
Que minhas idéias surgem.
Começam com um simples susssurro,
Depois tornam-se ensurdecedoras.

Tiram-me o sono.
Sonho acordado após o sono perdido.
Consigo ouvir as nuvens do céu
Que passam macias.
Delas caem gotas de sons sublimes, oscilantes.
E, do azul-negrito da madrugada,
Sublimes são as estrelas,
Que, antes da alvorada,
Despejam, quase enfermas,
Seus brilhos de sonoridade.