
Neste SaQuinho
Cabem somente coisas belas.
Riquezas do cotidiano
Flores de Cor Eterna.
Amor, de mansinho, vai aumentando
Mesmo com puxão de orelha.
Com os mesmos fios que tecem seu pano
Construo a minha telha.
Quem vê de fora
À primeira vista se espanta:
Como pode haver tanto amor?
Como dura essa mútua esperança!
Neste SaQuinho
O tempo é sempre um presente.
Não há quem nõ tente
Ficar dentro dele.
Porém, é de tamanho limitado:
Só cabem coisas belas!
Gente de papo furado
Não entra nem pela janela!
Para finalizar,
Fecho-o com um forte laço
No qual cada corda onde faz-se o nó
Tem a fermata como compasso!












