Onde os susurros se eternizam... ♪♫♪

domingo, 20 de setembro de 2009

SáQuinho




Neste SaQuinho
Cabem somente coisas belas.
Riquezas do cotidiano
Flores de Cor Eterna.

Amor, de mansinho, vai aumentando
Mesmo com puxão de orelha.
Com os mesmos fios que tecem seu pano
Construo a minha telha.

Quem vê de fora
À primeira vista se espanta:
Como pode haver tanto amor?
Como dura essa mútua esperança!

Neste SaQuinho
O tempo é sempre um presente.
Não há quem nõ tente
Ficar dentro dele.

Porém, é de tamanho limitado:
Só cabem coisas belas!
Gente de papo furado
Não entra nem pela janela!

Para finalizar,
Fecho-o com um forte laço
No qual cada corda onde faz-se o nó
Tem a fermata como compasso!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Nadjanara


Esse cabelo
Na cor de violão
Essa poesia
Em cor de canção
Será devaneio
Ou perdição
Essa nuance
Perdida no olhar...
Eu tenti encontrar
A solução
Emoção veio-me
Em paroxítona
Na verdade
É a arte que imita
A beleza que
Há no seu olhar.
Eu tentei
Criar uma canção
Que estancasse
Esse laço de ferida
Que tornasse
A saudade infinita
Em cantiga
Pra te fazer ninar
E eu...
Só queria o amor
E o amor
Só queria você.

VidA

A vida não é tão simples
Nem tão complexa.
Ela é um gradeparadoxo:
Pois, basta viver para estar morrendo.
Há quem creia em vida após a morte.
Ela também não é generalista
Nem específica como o mcroscópio:
O que e veneno paralguns seres é alimento pra outros.
E assim, ela se renova.
Ela é mais complexa que as moléculas "C", "H", "O" e "N" agrupadas.
E tão simples quanto respirar ou ingerir alimentos.
Tão curiosa quanto a cadeia alimentar
Na qual vírus, bactérias e outros seres parasitários - ou não - geralmente ficam de fora.
A vida é cada ser vivo interagindo entre si.
São momentos.
É aquele cheiro que nos remete à infânci, que nem a tanto tempo se foi, mas parece que foi a uma vida atrás.
Então só nos resta viver o presente, sem esquecer as vidas passadas, nem tão pouco as que virão.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Salvo pela Grafologia!


Não tente mudar minha letra
Apenas perceba quem sou!
Se, por um lado, não lhe soou bem,
Por outro, uma multidão agradou.

Deixe que eu seja o traço
Fino, reto e perpendicular.
Ora agudo, ora circular,
Agrupado e de tamanho médio.

Nas entrelinhas desta minha escrita
Um traço não é só um traço.
Ele é o doce e terno laço
Entre o "Eu" e o "Quem sou Eu".

Então, escreve-me uma carta
E direi-te quem és!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ser


Já não sou mais o mesmo de ontém,
De um minuto atrás...
Já não me impressiono com a beleza fulgas
Nem com os obstáculos que surgem.

Vou seguindo sereno e simples
Sendo o que aprendi a ser.

Carnaval


Carnaval é fingir.
Fingir que é feliz.
Mas, Quarta-Feira,
A realidade nos diz
Quem somos.
Fantasias, Pierrots,
Reis-Momos e Piratas.
Todos eles se dissolvem
Ebriamente na quarta!
A Quarta marca neles
Um novo marco de vida:
Acabou o fingimento,
Acabou a alegeria.
Depois disso seguem aflitos.
Descontentes com seus egos.
Os momentos foliões,
De tristeza, ficam cegos.

Ela




Quando Ela Canta
Meu mundo se lança
No mais novo mundo
De Luz e Prazer.

Quando Ela Toca
Minha dor se enforca
E abre-se uma porta
Pra um novo viver.

Quando Ela dança
Meu mundo se encanta
Feito criança
Que não quer crescer.

Quando Ela Canta,
Toca,
Dança,
Avança meu Querer!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

PAPEL






O Papel continua sendo o Papel.

Não vamos esquecer o papel que o Papel tem:

Uma folha em branco é uma janela para a liberdade!

E essa liberdade pode, às vezes, ser o primeiro passo para a prisão:

Qual assunto que ainda não foi abordado?

Tento ser criativo mas, qual assunto que ainda não foi dito?

Ora liberdade, ora prisão.

Medito por horas sobre a questão.

Conclusão ainda não tenho, porém durmo tranquilo:

Sei que sou meu maior aliado

E meu arquinimigo!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Marina


Ela em seu casulo,
Coberta de veludo,
Que mal conhece a vida,
Já chegou querida!

Ela em seu pequeno mundo
Já tem o dom de encantar.
Aqueles que a vêem
Se apaixonam no primeiro olhar!

Ela que,
Em seu sorriso limpo,
Me conquistou.
Me tomou com seu brilho no olhar

De Mar...
De Marina.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Colorrara




Ela é
Uma gota
De colorido
No mar cinzento do dia-a-dia.

De uma beleza
Que não se vê todo dia.
Que só se encontra nas pessoas
De coração nobre, simples e feliz!

Divertida?
Ela é demais!
Risonha, "conversadeira", atenciosa...

Desejo que essa saudade,
Essa vontade que sinto em te ver
Seja um presságio para
Todo o bem que virá!

terça-feira, 5 de maio de 2009




Na Tempestade a Natureza em fúria se agita:
Nos céus, nuvens sombrias,
Nos mares, ondas bravias.
Porém, meu sentimento é de Vitória!

Neste momento consigo ver mais além:
Minha alma se eleva às nuvens,
Alcançando, assim, a Luz Tranqüila do Sol.
Minha Fé se aprofunda ao Vasto Oceano,
Guiando-me pela correnteza da felicidade.

A Tempestade é algo superficial:
Ela não é capaz de perturbar os Céus
E, muito menos, capaz de agitar as profundezas do Oceano.

A Tempestade é algo efêmero
Tal qual o sopro devastador dos Furacões,
Tal qual a força descomunal de um Maremoto.

Os Ventos sempre voam para longe!
As Ondas sempre recuam após a rebentação!

terça-feira, 28 de abril de 2009


Acostumar-se com o mais delicioso perfume é tão triste quanto se acostumar com o pior dos odores.

Como assim?

Quando você se acostuma com o perfume você deixa de perceber todas as suas nuances, seus sentimentos, seu prazer.

Com relação ao mau cheiro, você se acostumar com algo que lhe fere faz com que sua vida seja comodista e subserviente. Perde-se, então, a capacidade de indignar-se.

Ambos dos casos são equivalentemente tristes. É como se a música ais bela do mundo perdesse o sentido. Ou como se tivesse uma serra elétrica no pé do ouvido e, ainda assim, ser indiferente.

Deve ser por isso que os homens buscam o novo e descobrem-se no velho.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quem sou Eu




Eu sou a vontade de viver.
Vontade de nascer a cada dia.
Vontade de viver em poesia.
Em total harmonia com meu ser!

Eu sou o desejo de voar.
Andar por aí em liberdade
E fixar-me com tenacidade
Nessa doce vontade de voar.

Eu sou o mistério mais proundo.
De um enigma me alimento, me faço.
No soar das melodias, meu compasso.
No cantar das poesias me afundo.

Eu sou o mergulho da noite.
Sou a poesia da alvorada.
Sou como aurora em fermata
Aguardando loucamente o Amanhecer!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Partícula do Infinito


Coisa Diminuta.
Finje, Permuta.
Parte sem dizer adeus.
Parte uma Parte
De meu coração.
Particularmente,
Isso soa
Como um monossílabo.
O pedaço ínfimo
Do mais profundo infinito
Das fronteiras de meus átomos.
Busca incessante por Sí,
Sem ter um pingo de Dó
De quem está Lá fora.
Após esse auto-exame
Fez-se a anamnese:
Sanidade virou LouCURA.

Desenho Melódico




Logo era uma linha.
Logo após se transformar.
Virou pequenas montanhas,
Tomou o rumo do ar.

Cintilou nos vários rítmos.
Oscilou por entre as tríades.
Harmonizou-se em miríades,
Fazendo o povo dançar.

No salto da madrugada,
Alheio aos regulamentos,
Descompensa a Dissonância.

Porém sua simplicidade,
Regada de alguns lamentos,
Transporta-me à infância.

terça-feira, 24 de março de 2009

Palavras para o Mar


Oh Mar! Dissolves todos minhas dores.
Tuas águas, para uns, são salobras.
Para mim, o tempero da vida!

Após um dia barulhento,
A Sonata das Ondas é meu refúgio
E, como se iniciasse um prelúdio,
Deixo-me levar pelo meu silêncio.

Oh Mar: coisa que está em mim.
Oh Mar: coisa que está em meu nome,
Em meu sangue,
Em meu Ser!

Pirilampos

Constelações Cintilantes
Permutantes em seu Ser:
Ora aqui, ora ali,
Esverdeante prazer.

Luz natural noturna
Ocupa na minha memória
Os doces momentos puerís
Das Fantasias e Glórias.

Luz Contemplativa
De tons esmeralda
Brilha livremente
Em minh'alma
A doce vontade de Viver!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Minguante Cheia


A Lua Minguante nunca esteve tão Cheia.
Repleta de luz e vida, causa encanto!
E, como se enxugasse a dor do pranto,
Revela uma rara beleza que incendeia.

Anseia brilhar até o raiar do dia.
Traz, com alegria, o doce cantar da noite.
Entre as nuvens negras, em forma de foice,
Em forma de sorriso, que me contagia.

Fico parado: uma estátua a contemplar
A Natureza artística do Natural.
Infelizmente já é tarde!

Aquele sorriso vai subindo na noite,
Embalando-me nesse sono perdido
Nas doces Quimeras da Arte!

sexta-feira, 13 de março de 2009


Saudade, saudade...
Palavra que arde em meu peito.
Seria delírio ou deleito
Matar a saudade de ti?

Sorriso, saudade...
Contemplo sua singela imagem.
Desejo que não fique tarde.
Desejo de te ter aqui.

Vontade, Vontade...
É nela que, às vezes, eu fico.
Às vezes, eu me sinto aflito.
Porém, levo a vida a sorrir.

Saudade, Menina, Saudade...
Sua vantagem é deixar de existir!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Coração Navegante



Tava admirando a paisagem
Quando sua imagem surgiu:
Um Coração Navegante,
Em forma de majestoso navio!

Prontamente preparei o porto
Pra receber essa embarcação:
Na proa, um belo sorriso.
Nas velas, uma doce canção.

Alguém gritou "terra à vista"!
Encantando o ar com mistério.
Tinha a doce voz de Sirene
Que tornava o porto Etério.

Deixei-me levar refém
Dessa embarcação virtuosa.
Hoje, irei mais além
Junto com sua capitã formosa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Musa


Giro a bebida em meu copo,
O mundo inteiro gira.
Escuto sons de liras,
E, no violão, as toco.

Um gole e um acorde,
Pra rasgar o tom da sede.
Deitado em minha rede
Penso na grande sorte.

Sinto preguiça de dormir.
Tenho sede de agir.
E, docemente, confesso:

Se não for a música,
Minha mais bela musa,
Sei que um dia eu pereço!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mais uma da "Boa"drugada...


Por mais pianos que fossem,
Meus passos ressoavam
Como um martelo quebrando vidro.

Fui até a cozinha beber um copo dágua.
Depois parei pra olhar
O céu da madrugada:
Cheio de estrelas e algumas nuvens.

Queria, na verdade, tomar um gole de vinho,
E tocar meu violão.
Mas isso acordaria os vizinhos
Do quarto ao lado...

Desabafo


Reflito aflito
Sobre o mundo que me cerca.
Suspiro. Evito.
Caminho sempre alerta.
Respiro alívio
Ao ver os olhos dela.

Bravias. Sombrias.
Ondas do cotidiando.
Não nego, nem me entrego
Ao seu balançar leviano.
Canto. Ando.
Caio, mas me levanto!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Noite musical


Minha noite foi estrelada por música.
Os sons brilhavam cintilantemente.
Dentro dessa busca ardente,
Melodias pairavam na Mente Lúdica.

Villa-Lobos, Choppin, Jobim,
Qual deles falará de nós, de mim?
Uematsu e suas Quimeras Sonoras,
Qual delas hão de me ouvir?

Lunático por não querer dormir:
Perco a noite, mas ganho a Madrugada!
Talvez termine escutando uma Gallarda,
Ou Bachianinha embalará-me o sorrir.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Composição




Ela se tornou nota dominante.
As outras, viraram passagem.
Numa cadência Autêntica e Perfeita,
Vamos compondo uma nova paisagem.

Ela se tornou tempo forte,
Um presente que a sorte me deu.
Nosso compasso é "bem ritmado".
Nossa música é o apogeu.

Iluminou-se toda a harmonia.
Entoaram-se todas as melodias.
Dispertaram-me todas as fantasias.

Ela se torno nota fulminante.
E, na ebridez de um cantante,
Componho mais uma poesia.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sobre Ter uma Verdadeira Amizade...


Quando a carne sangra
É natural chorar, é natural sofrer.
Porém uma grande amizade
É um eficaz curativo.
É muito bom ter verdadeiros amigos!

Quando o amor aflora
É natural sonhar, é natural sorrir.
Mas, com as amizades, não divido esse sorriso.
Com elas, eu o multiplico!

Ter amigos é como ter a própria FELICIDADE!

Tom Jobim já dizia: "É impossível ser feliz sozinho".
Daisaku Ikeda afirma: "Uma pessoa fraca, rodeada de pessoas fortes,
Tornar-se-á também forte"!
Não que eu seja fraco.
Mas todos temos momentos de fraqueza.

É por esses e outros motivos
Que sou eternamente grato
Aos meus verdadeiros amigos!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Estranhamento


E se fosse o dragão que matasse São Jorge?
Se o oposto acontecesse?
O que seria de nós?

Se o padre declarasse o divórcio,
E, como num comércio,
Leiloasse o amor?

Arrematados nós nos sentiríamos...
Singulares duetos...
Livres, talvez...

Contentes por estar
distante um do outro.

La Luna


Fiquei acordado a tempo...
A tempo de vê-la chegar,
Coberta de névoa negra.

Em seu olhar, um mistério.
Em seus tons, o desejo.
Em sua luz um, planeta.

Já é tarde e ela ainda baila,
Romanticamente, na praia
Envolvendo-me com seu manto.

Já é tarde e vou embora
Porém, fica na memória,
O suavizante calor de seu canto.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Plenitude


Tá mais fácil o tempo me perder
Do que eu perder tempo.
Levo a vida num doce acalento
E faço da rotina meu prazer.

Quando se está bem consigo,
É impossível algo dar errado.
Até mesmo esperar
Torna-se algo Mágico.

Dominar o próprio destino.
Não aceitar qualquer desatino.
É assim que tem que ser!

No fim das contas ter certeza
De que todo amor e pureza
Vieram por merecer!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sabor nebuloSo


Pensei no gosto de maçã...
Senti um gosto que ainda não consigo processar:
Será dissabor, ou "quero mais"? ...
Sei não ...

Deixa o tempo maturar.
Deixa as papilas decidirem
Se o sabor foi gustativo ou não.

Então saberei o que fazer:
Ou planto uma muda desse sabor
Ou esqueço-o, deixo-o morrer.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Flor de Vento




Leve,suave e delicada,
Forma branda e alva,
Que paira desvairada.

Vai e voa longe,
Vai semear o distante,
Vai, mas fica sua marca.

Vai...

Desenha consigo
Os moldes do vento
Em singelos florais.

Semente de Flor de Vento,
Voou longe no tempo
E pousou em meu cais.

Noite delA


Ela já não usa tanto mistério,
Nem vê agonia no espelho.
Acende a luz e adormece,
Pra ter sonhos iluminados.

De suas fantasias,
Surge um algoz-salvador:
Herói e mordedor,
Que, à noite, lhe faz compania.

Embala no sono e esquece.
Os pesares adormecem.
Tudo vira alegria.

Dorme serena
Espera, amena
A luz de um novo dia.